Reportagem - Raúl Solnado: 1929 - 2009


Brilhou no teatro, no cinema, na televisão e revolucionou o humor em Portugal. No passado dia 8 de Agosto, o país despediu-se de um dos seus maiores artistas. Raul Solnado faleceu vítima de doença cardiovascular, aos 79 anos, no Hospital Santa Maria, em Lisboa.
Nascido a 19 de Outubro de 1929, Solnado começou a fazer teatro na Sociedade Guilherme Cossoul. Em 1953, estreou-se no teatro de revista na peça "Viva o Luxo".
Participou em várias peças e em filmes, como por exemplo "Sangue Toureiro" ou "As Pupilas do Senhor Reitor". Raul Solnado adaptou para português o sketch "A Guerra de 1908", de Miguel Gila, e, em 1961, interpretou-o na revista "Bate o Pé", no Teatro Maria Vitória.
Em 1969, surge o programa "Zip Zip", que o humorista criou com Fialho Gouveia e Carlos Cruz, algo completamente diferente do que se fazia até então. Este programa surge em tempos de censura, e apesar da sua curta duração revolucionou a televisão em Portugal. Ainda na televisão, Solnado distingue-se em programas como "A Visita da Cornélia", "O Resto são cantigas", e na série "Lá em casa tudo bem", por exemplo.
Em 2001, recebeu o prémio carreira Luiz Vaz de Camões, e entre outras distinções que lhe foram feitas, em 2004, recebeu, do Presidente da República Jorge Sampaio, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Até à sua morte, Raul Solnado foi director da Casa do Artista, associação que fundou com o falecido actor Armando Cortez, entre outros. Humorista, actor e apresentador, Solnado apelidou-se a si mesmo de "uma fábrica de rir".

Texto de: Inês Moreira Santos

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